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A proposta pode até soar estranho, porém muita gente já está ganhando dinheiro com esse tipo de atividade, principalmente nos grandes centros. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a população de animais domésticos no Brasil é de quase 75 milhões, o que supera o número de crianças entre 1 e 14 anos – cerca de 44 milhões.
Ou seja, trata-se de um nicho interessante para investir. O hotel para animais acaba suprindo às necessidades das pessoas que precisam viajar, mas não têm com quem deixar, por exemplo. Nesse tipo de ambientes, eles recebem o tratamento adequado, aliado a muito carinho da parte dos trabalhadores.
Em geral, quem atina para esse tipo de negócio são donos de animais que descobrem o quão difícil é encontrar algum local para deixar os animais, enquanto estão fora. Ou familiares e amigos que percebem nessa necessidade uma oportunidade.
No site do Sebrae é possível encontrar um material específico tratando desse tema. O documento virtual dá uma noção sobre a construção do plano de negócio, visto que as informações contidas trazem dados relacionados. Quem quiser ir adiantando, pode consulta-lo o quanto antes.
Mercado
Antes de qualquer coisa, um hotel para animais não fica restrito apenas aos gatos e cães, ou seja, é bem abrangente. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos Para Animais de Estimação (ABINPET), o faturamento do setor ultrapassou 14 bilhões de reais.
Já a Associação dos Revendedores de Produtos, Prestadores de Serviço e Defesa Destinados ao Uso Animal (ASSOFAUNA) destacou que pelo menos 63% entre as classes A e B possuem animais de estimação em casa. Isso gera, por mês, um custo de mais de 300 reais, quer seja com cuidados de limpeza, medicação, veterinário, alimentação, etc.
Localização e estrutura
Como em qualquer tipo de negócio, as estratégias de marketing devem ser consideradas e o ponto está entre elas, porque precisa ser de fácil acesso para o cliente, próximo do público alvo e com possibilidade de estacionamento. Claro que há outras alternativas e essas são apenas algumas.
Montar um hotel para animais requer espaço significativo, portanto, deve-se considerar um espaço superior a 500 metros quadrados. O mais recomendável é buscar por casas com grande quintal, a fim de implantar a infraestrutura necessária. De certo, uma empresa desse tipo precisa compensar em termos de localização par ao cliente, contudo faz-se necessário considerar o barulho, portanto, é melhor não locar ou comprar casas com vizinhos muito perto.
Outra coisa, é interessante o empreendedor começar com uma quantidade de, aproximadamente, 10 a 20 acomodações, porque essa é uma maneira de perceber o mercado. Depois, havendo possibilidade e necessidade, expande-se.
Vale acrescentar que um local como esse precisa de uma recepção, os quatros, salas de banho e tosa e integração, banheiros e muito espaço ao ar livre. Ou seja, trata-se de um negócio e tanto. Tudo bem que há estruturas menores, mas esses dados estão de acordo com os divulgados pelo Sebrae.
Burocracia
Para legalizar a empresa, o empreendedor precisa considerar as leis específicas, caso haja. A formalização é composta pela obtenção do CNPJ, cadastro no INSS/FGTS, registro na Junta Comercial, alvará de funcionamento, Enquadramento na Entidade Sindical Patronal, etc.
Pessoal
É importante considerar que um hotel não fecha, portanto, o expediente dura 24 horas por dia e 7 dias por semana. O empresário vai precisar de uma equipe considerável, distribuídas por turnos. Dentre os profissionais necessários estão: recepcionista, auxiliar de serviços gerais, supervisor de banho de tosa, tratadores, veterinários e gerente responsável.
Investimento
O valor da diária varia, podendo ultrapassar a margem de 200 reais, dependendo do grau de sofisticação e atrações embutidas. Como se pode perceber é o tipo de negócio que requer muito planejamento, uma vez que o investimento não é dos mais baixos.
Se o imóvel for próprio, o custo começa a partir de 130 mil reais, podendo esse limite ser ultrapassado. Nos primeiros meses, o empresário deve considerar um pé de meia ou capital de giro, porque esse dinheiro vai garantir o pagamento das contas nos primeiros meses de implantação.
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