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As empresas brasileiras têm encontrado dificuldades na hora de contratar mão-de-obra qualificada. Isso pode ser percebido, principalmente, quando o assunto são os profissionais de engenharia, bem como aqueles que atuam em carreiras de ofício. O mesmo vale para os técnicos, que se atualizados, têm grande valor no mercado de trabalho.
Há outros segmentos que também sofrem com esse déficit, sendo assim, a dica para quem quer de dar bem em meio à crise é simples: capacitação constante. Nos dias atuais, dependendo do ramo, os processos e as informações se alteram com muita facilidade, por isso a atualização do profissional deve existir, quer seja para buscar uma promoção ou mesmo galgar espaço, a fim de conquistar o primeiro emprego.
Carreiras de ofício
O que é isso? Em linhas gerais, as profissões de ofício são aquelas praticadas, segundo a habilidade dos indivíduos, sem que para isso haja a exigência de um diploma de graduação superior, por exemplo. Ou seja, ainda que não exista esse tipo de necessidade, é importante destacar que o profissional só é reconhecido se executar a sua tarefa de forma primorosa.
Para se ter uma ideia, o Brasil ocupa a quarta posição do ranking dos países com a pior taxa de trabalhadores especializados. A pesquisa anual que mede a escassez de talentos no mundo ouviu cerca de 40 mil empregadores, em mais de 40 países. O Japão foi apontado como o país que mais têm dificuldade de encontrar mão-de-obra qualificada, 17%. Por outro lado a Irlanda se destacou com 89%, ou seja, os empregadores não sofrem tanto dessa abstinência.
As profissões de ofício incluem atividades dos seguintes segmentos: pedreiros, costureiras, marceneiros, pintor, eletricistas, motoristas, representantes de vendas, auxiliar de escritórios, babás, empregadas domésticas, dente outras. Nos dias atuais, é possível perceber o quanto tem ficado difícil encontrar trabalhadores dessas áreas. A prova disso é ratificada quando, de fato, precisa-se de um.
Por que isso está acontecendo?
Nos últimos anos, o aumento de cursos do ensino superior, bem como as facilidades de acesso a esse tipo de oportunidade contribuíram para esse resultado. De certo, há outros motivos, entretanto, esses são apontados como os principais.
As pessoas estão cada vez mais focadas em mudar de vida, dar um salto maior, no que tange à carreira. Dessa maneira, essas atividades, que também são muito importantes para movimentar o mercado e a economia do país, estão sendo deixadas de lado.
Mesmo que o objetivo não esteja em cursar uma faculdade, o simples fato de alguém buscar a capacitação numa outra área, como o aprendizado de fazer doces e salgados, traz certo transtorno nesse ramo de profissões de ofício. Essa escassez, como mencionada, não ocorre apenas no Brasil, mas outros países passam por dificuldades similares.
Qual o lado positivo disso tudo?
Com esse déficit significativo mundo afora, aqueles que se dedicarem a essas carreiras de ofício podem se dar bem. Primeiro porque o mercado está pronto para receber pedreiros, costureiras e afins, desde que estejam qualificados. Depois, os ganhos financeiros tendem a superar, inclusive, o de determinadas carreiras do ensino superior. Ou seja, quanto mais cedo alguém se atentar para esse fato, melhores serão as probabilidades de ascensão.
Para se ter uma ideia, a divulgação de oportunidades para motoristas de ônibus, por exemplo, pode ser encontrada nos próprios veículos, espaços públicos, além da divulgação feita pela empresa em agências, RH, etc. A esses são garantidos todos os benefícios e um ganho de mais de 2 mil reais. Ou seja, eles apenas precisam possuir a CNH correspondente para a função.
Há reportagens que destacam a média salarial dos profissionais de ofício. O pedreiro reconhecido, cujo trabalho é bem executado, pode ganhar mais de 5 mil reais, dependendo do tempo de atuação, “networking”, entre outros atributos. No início da carreira a margem varia entre 1.500 a 3 mil reais, o que chega a ser mais do que alguns profissionais graduados no ensino superior.
Cursos
Existe a possibilidade de habilitações relacionadas serem cursadas no formato presencial e online. No primeiro caso, as instituições que mais se destacam nesse sentido são: Senai e Senac. Pela internet, plataformas como Prime Cursos, iPed, Cursos Online, entre outros também disponibilizam essas atividades, como possibilidade de certificado, no final de tudo.
Na rede não se cobra pré-requisitos para ingressar no curso, entretanto, no formato convencional, é possível que haja algumas exigências, como possuir ensino fundamental, ainda que incompleto – ou seja, saber ler e fazer contas – e ter ao menos 16 anos. O prazo de conclusão não é longo, por isso é possível que o candidato termine as atividades em menos de três meses.
Quem preferir, ainda tem a possibilidade de buscar mais informações em vídeos, no Youtube, visto que há uma gama de profissionais dispostos a ensinar essas atividades, a quem desejar aprendê-las.
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