Investimento em pequenas cidades
Os brasileiros estão empreendendo cada vez mais. Vire e mexe algum canal de comunicação destaca negócios bem sucedidos, inclusive iniciados em cidades pequenas. Há algum tempo, no Programa Matinal Mais Você, a apresentadora Ana Maria Braga, destacou pessoas que souberam aproveitar o conteúdo disponibilizado em benefício próprio.
A programação deu destaque a uma empreendedora, de uma cidade do interior, que aprendeu a fazer balas de coco recheadas. O negócio que começou em casa – com a ajuda de familiares -, ganhou destaque e hoje possui lojas em diversos pontos do país. A empresária abriu oportunidade para franqueados, por isso as atividades ganharam um novo formato e o faturamento também passou a ser mais significativo.
Em uma outra edição, no interior de São Paulo, um quarteto de amigos resolveu investir 30 mil reais numa espécie de fábrica de bolos caseiros, no ano de 2010. A ideia deu tão certo, que o faturamento de 2013, apresentado no Mais Você, foi de 13 milhões de reais e mais de 13 lojas, pois os empreendedores também apostaram na ideia da franquia. Ou seja, as oportunidades existem e se bem pensadas, tendem a solidificar.
MEI
Diversas são as oportunidades de negócio voltados para as cidades pequenas. E hoje o empreendedor tem a possibilidade de contar com o auxílio do Microempreendedor Individual (MEI). Nesse sistema, o empresário obtém o CNPJ sem burocracia, assim como o alvará provisório. O processo é realizado online, por meio do preenchimento de um cadastro.
Para se ter uma ideia, o empreendedor pode contratar até uma pessoa, pagando até um salário mínimo. O empregado passa a ter inúmeros benefícios, o que já é meio caminho andado. A taxa de manutenção, conhecida por DAS, é pequena, visto que não chega a 50 reais. O empresário pode baixar as mensalidades, a partir do computador e efetuar o pagamento da fatura.
Todo ano faz-se necessário a apresentação da comprovação dos ganhos, uma espécie de imposto de renda. É importante destacar que o faturamento da empresa não pode superar a margem de 60 mil reais, pois se passar disso, o negócio entra para o rol de microempresa, cujo faturamento pode ir até 360 mil. O detalhamento dessas questões burocráticas podem ser obtidas pode meio de especialistas ou via Sebrae.
Depois de obter o CNPJ e alvará de funcionamento, o empresário precisa se dirigir até à prefeitura, a fim de concluir os trâmites. Isso é importante porque ainda dá o direito de emitir nota fiscal eletrônica, o que ajuda no processo negociação compra e venda com fornecedores e clientes. Com o MEI, o empresário pode, inclusive, pleitear financiamentos em bancos para conseguir dar os primeiros passos. Para isso, o mais recomendável é a abertura de uma conta de pessoa jurídica. Demais detalhes podem ser esclarecidos no site oficial.
Que tipo de negócio investir
Numa cidade de até 100 mil habitantes, o empresário pode investir em negócios básicos como padarias, mercados, quitandas, salão de beleza, centro estético, loja de roupa, de calçados, farmácias, academias, perfumaria, armarinhos, restaurantes, boliche, casa lotérica, bares – também com karaokê-, brechó, buffet, etc.
Normalmente, as localidades menores contam com praças – que se tornam o ponto de encontro, sendo assim, quem não poder disponibilizar muito tem a oportunidade de investir em carrinhos de pipoca, churros, trailers de lanches, brinquedos como pula-pula, chaveiro e afins.
Quem quiser, ainda pode aproveitar para trabalhar em casa fazendo salgados e doces para fora, lembrancinhas – chá de bebê, casamentos e aniversários, bijuterias, corte e costura, marcenaria e afins. Também é possível abrir um pequeno negócio voltado para a prestação de serviços como pintura, eletricista, pedreiro, entre outros.
Ainda existe a opção de trabalhar online, já que esse tipo de atividade pode ser efetuada de qualquer parte do mundo. O interessado pode abrir uma pequena empresa de assessoria de comunicação, manutenção e sistema gestão TI, organização de eventos, design gráfico, entre outras possibilidades. Como se pode perceber, o espaço não é um limitador quando se tem o empreendedorismo na veia.
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